A adaptação da técnica de dedilhação do piano é a tarefa inicial mais importante do professor e deve ser efectuada mesmo que o aluno seja um aluno com técnica pianística avançada. Ao tocar órgão, ao contrário do piano, a fase mais importante é o final da nota. No órgão, o momento de soltar a tecla, e portanto a realização do tom, é precisamente limitado. Quanto maior for o movimento do corpo, mais difícil é controlar os movimentos subtis. A execução disciplinada do golpe do dedo a partir da tecla e a consciência do fim abrupto do tom são as componentes mais essenciais da expressão do órgão, com as quais se relacionam os diferentes tipos de articulação: legato, staccato, portato. As várias formas de juntar e separar os tons constituem também os meios mais importantes de expressão no órgão. Trata-se de várias especificidades, sobretudo na literatura barroca. O estudante não deve, portanto, adquirir a convicção de que o órgão não pode ser tocado com exatidão, perfeição técnica e expressão. Pelo contrário, deve habituar-se a beneficiar dos pontos fortes do órgão, que incluem a invariabilidade, a constância e a exatidão do timbre.