Prémio Nacional de Reabilitação Urbana – Restauro, para UÉ

A intervenção na «Quinta Alegre» em Lisboa da autoria de Victor Mestre e Sofia Aleixo, docente do departamento de arquitetura da Universidade de Évora, foi pré-selecionada entre as três obras ​finalista​s, tendo sido atribuído o ​​Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2018​ na Categoria de Restauro.​

O Prémio Nacional de Reabilitação Urbana ​conta com um júri independente constituído pelos arquitetos João Carlos Santos e João Santa-Rita, pelo economista João Duque e pelos engenheiros João Appleton e Manuel Reis Campos​. A iniciativa ​com o apoio do Ministério da Cultura decorreu ontem, dia 09 de maio, em Braga, depois de uma seleção a partir de mais de 90 candidaturas.

A Quinta Alegre é constituída pelo Palácio do Marquês do Alegrete, jardim romântico e anexos agrícolas. A intervenção de reabilitação e conservação do Palácio e Jardim romântico da Quinta Alegre corresponde à primeira fase de execução do projeto de criação de uma Unidade Intergeracional na Quinta Alegre e encontra-se concluída. Esta Unidade Intergeracional é composta por três Unidades que se complementam funcionalmente e que correspondem a três fases de execução de obra.

O projeto galardoado, teve como motivo, a importante intervenção realizada no Palácio com o objetivo fundamental de restauro e conservação dos elementos patrimoniais portadores de valor histórico, artístico, estético, simbólico e de identidade cultural da comunidade onde se inserem, justificam a presente candidatura. O cuidado e as técnicas utilizadas na intervenção tiveram como objetivo fundamental a preservação, readquirindo todas as condições necessárias de estabilidade e equilíbrio, permitindo a continuidade plena da sua função. Assim, e de acordo com o diagnóstico do estado de conservação dos referidos bens patrimoniais, procedeu-se a uma intervenção técnica de conservação e restauro, que pretendeu não só atuar em cada conjunto consoante as suas necessidades especificas, mas também entender os diversos conjuntos como parte integrante de um património uno e integrado.

Foram debeladas e controladas tanto quanto possível, as causas e fatores de degradação, sempre no respeito absoluto pelas características físicas e químicas dos seus elementos constituintes, promovendo o equilíbrio e estabilidade das estruturas no tempo. Os princípios éticos e deontológicos seguidos garantem o respeito pela unidade do Património integrado objeto da intervenção, marcada pela aplicação das metodologias adequadas e eticamente alicerçada nos pilares fundamentais da Conservação e Restauro. Todos os materiais e métodos utilizados na intervenção foram selecionados pela sua estabilidade, inalterabilidade temporal, reversibilidade e compatibilidade com os materiais originais, não alterando ou modificando de forma definitiva os materiais originais existentes, quer no que concerne a sua composição, quer quanto ao seu aspeto estético, onde todos os acrescentos são claramente reconhecíveis e removíveis. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pretendeu com este projeto reabilitar um edifício de elevado valor patrimonial, completamente degradado e devolve-lo à comunidade para um uso público.

 

Publicado em 10.05.2018
Fonte: GabCom | UÉ