Matrizes é uma exposição de gravura de Tânia da Graça que se debruça sobre a ideia de origem, memória e estrutura, que articula uma reflexão interpretativa em torno do legado industrial britânico no Alentejo. Tal como no próprio termo, a matriz aqui é simultaneamente superfície de inscrição e metáfora conceptual: acumula vestígios, resíduos e marcas, assumindo-se como espaço de sedimentação temporal. As obras convocam referências às transformações do século XIX, quando minas, linhas férreas e fábricas alteraram profundamente o território.
Tânia da Graça é artista visual, (Évora,1987) é licenciada em Artes Plásticas e Multimédia pela Universidade de Évora, tendo completado também um Foundation Diploma in Art and Design na University of Arts London. Atualmente frequenta o Mestrado em Práticas Artísticas em Artes Visuais na Universidade de Évora. Em 2025, recebeu a Bolsa de Mérito da Fundação Joana Vasconcelos. A sua prática artística investiga as relações entre espaço e memória, articulando técnicas de gravura, pintura e serigrafia numa abordagem que cruza o gesto, a repetição e a materialidade da imagem.



