"Sentir. Sentir-me. Sentir-me a mim na minha pele. Sem colagem. Sem sobreposição. Sem símbolos impressos em mim. Sem o olhar do outro. Sem algo que condicione a forma como me olho. O meu olhar. E quando tiras tudo? Quando jogas fora? Quando te tentas encontrar no meio dos outros. No meio do que os outros imprimiram em ti. Na tua pele. Na tua identidade. Na tua identidade? Na identidade deles? Na nossa identidade.
Sair da caixa. Das caixas. Umas de dentro das outras até sobrar eu. Um corpo despido de significações. Um corpo em que o género é algo tão dissipo que o corpo age e move-se livremente como se fosse possível dar à luz a nós próprios."

Interpretação: Rolando Galhardas

Direcção Artística: André Batista e Rolando Galhardas