Apresentação de Livro

À Conversa com Carolina Lyra sobre o seu livro "É Preciso Ouvir o Homem [NU]".

Carolina Lyra aborda a obra do arquiteto e artista de vanguarda brasileiro Flávio de Carvalho (1899-1973), a partir de duas perspectivas diversas.

Carolina Lyra

Este livro é o resultado de uma pesquisa sobre a obra do artista Flávio de Carvalho, a partir do seu ideal antropofágico anunciado na conferência A Cidade do Homem Nu, apresentada, em 1930, no “IV Congresso Panamericano de Arquitetos”. As bases teóricas que alimentam o ideal do artista, e que coincidem com o Movimento antropofágico, a filosofia de Friedrich Nietzsche e a psicanálise de Sigmund Freud, auxiliam na compreensão da sua poética.  

Assim como fizeram os reformadores do Teatro, Antonin Artaud e Bertold Brecht, Flávio de Carvalho pensou a construção de espaços político-terapêuticos de reencontro do homem com o seu potencial inventivo. 

 

Quarta capa do livro - Rui Moreira Leite  

Carolina Lyra aborda a obra do arquiteto e artista de vanguarda brasileiro Flávio de Carvalho (1899-1973), a partir de duas perspectivas diversas. 

Naquela central, apresenta sua proposta urbanística A Cidade do Homem Nu e relaciona-a à arquitetura e cenografia, inserindo-a num mesmo quadro de referências – projetos e experiências do artista a partir de seu vínculo com a Antropofagia. 

Noutra, discorre especificamente sobre sua formação, sua inserção no meio como arquiteto com seus primeiros projetos e sua relação com Oswald de Andrade e sua obra. 

Esta formulação central representa uma maneira diferente de combinar esses aspectos da atuação do artista. 

O modo como se entrelaçam essas abordagens faz com que a obra revele o que a autora indica ser, nas próprias palavras de Flávio de Carvalho, seu poder de sugestão. 

 

Prefácio - Evelyn Furquim Werneck Lima

O livro traça com acuidade o momento histórico e cultural em que as ideias de Flávio e seus projetos foram formulados, abarcando não só o cenário europeu, permeado dos muitos “ismos” que ali ocorreram nas primeiras décadas do século XX, mas também da cidade de São Paulo, na qual os frementes anos 1920, tão bem retratados por Nicolau Sevcenko, introduziram o Movimento Antropofágico ao qual a autora vincula Flávio de Carvalho. 

Em 13.11.2023
15:00 | Biblioteca Jorge Araújo, Colégio dos Leões
Anexos