A arquitetura portuguesa no traço de Lúcio Costa

Na quinta-feira passada, dia 28 de fevereiro, decorreu no Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora uma conferência intitulada “A arquitetura portuguesa no traço de Lúcio Costa”. José Pessoa, curador da exposição com título homónimo patente na LX Factory, em Lisboa, veio até Évora para nos falar de um dos maiores arquitetos brasileiros, que no final da primeira metade do século XX desenhou Portugal de lés a lés.

José Pessoa percorreu e fotografou no século XXI os mesmos caminhos que Lúcio Costa percorrera e desenhara 61 anos antes. Em 1952, Lúcio Costa andou por Portugal e registou a sua arquitetura “com preciosos croquis a lápis e anotações escritas, preenchendo 290 folhas em cinco pequenos blocos, que ficaram perdidos 50 anos”, conforme se lê na nota da exposição. Refazendo hoje todo o percurso, José Pessoa fotografou o que os croquis registaram, revelando a incrível pertinência, acuidade e precisão dos desenhos do arquiteto brasileiro.

Durante a conferência foi destacado o papel do arquiteto na definição do que é conhecido como o estilo Neo-Colonial Brasileiro, bem como a qualidade gráfica dos seus desenhos e a inteligência do seu olhar.

A exposição na LX Factory, em Lisboa, que permite confrontar o Portugal de 1952 com o de 2012, através dos olhos dos dois arquitetos brasileiros, pode ser visitada até dia 21 de abril.

A conferência foi organizada pelo Departamento de Arquitetura, pela Escola de Artes da Universidade de Évora, com o apoio do Centro de História de Arte e Investigação Artística (CHAIA).

UEline

Publicado em 05.03.2013